A Girl Stays Home Alone At Night
Normalmente estar sozinha em casa era um dos momentos mais aconchegantes.
Mas não naquele dia.
Era seu aniversário e estava fazendo o que sempre faz em uma sexta-feira normal, jogando videogame.
Aquela solidão não apenas doía, mas a humilhava. Nenhuma ligação, nenhum parabéns, nenhum amigo apareceu.
Sentada sozinha em sua casa, sabia que não existia mais ninguém no mundo.
O telefone toca.
Número desconhecido.
Mas não naquele dia.
Era seu aniversário e estava fazendo o que sempre faz em uma sexta-feira normal, jogando videogame.
Aquela solidão não apenas doía, mas a humilhava. Nenhuma ligação, nenhum parabéns, nenhum amigo apareceu.
Sentada sozinha em sua casa, sabia que não existia mais ninguém no mundo.
O telefone toca.
Número desconhecido.
As únicas ligações que estava recebendo era de um número desconhecido, que já ligara outros dias, nesse dia ela atendeu movida pela amargura em seu coração. Ela ouviu:
“Parabéns, feliz aniversário”.
O primeiro parabéns, pouco antes do dia acabar no relógio.
Seu coração apertou, não importava quem era, ela foi lembrada.
Ela perguntou quem falava.
E a voz no telefone respondeu:
“Abra a porta, tenho um presente para você”.
“Parabéns, feliz aniversário”.
O primeiro parabéns, pouco antes do dia acabar no relógio.
Seu coração apertou, não importava quem era, ela foi lembrada.
Ela perguntou quem falava.
E a voz no telefone respondeu:
“Abra a porta, tenho um presente para você”.
Assustada ela desliga o telefone, volta para o PS2, para a televisão, para seu computador, para todos seus fios, conexões, controles, teclas e imagens brilhantes.
“Não seria possível isso, deve ser alguma brincadeira de mal gosto, não tem ninguém atrás da porta, não tem não tem não tem”
Estava tudo trancado, sua racionalidade tentava vencer a paranoia de ir até a cozinha e pegar uma faca. De qualquer forma, o que ela está prestes e presenciar não pode ser cortado com uma faca. Já estava dentro de sua mente e tomava forma sem ela perceber.
“Não seria possível isso, deve ser alguma brincadeira de mal gosto, não tem ninguém atrás da porta, não tem não tem não tem”
Estava tudo trancado, sua racionalidade tentava vencer a paranoia de ir até a cozinha e pegar uma faca. De qualquer forma, o que ela está prestes e presenciar não pode ser cortado com uma faca. Já estava dentro de sua mente e tomava forma sem ela perceber.
Projetada por violência, suas mãos tem o controle e assim se isola do mundo. Segura de si, modificada pela malícia, Bloody Mary se nomeia, seus olhos não ultrapassam as bordas da televisão.
Sua mente a protegia, se nada mais existia, nada poderia machucá-la. Entretanto, era uma guerra entre sua mente e coração, e seu coração não se contentava com a chacina que seus olhos viam.
Ela queria ouvir o mundo, ela queria ouvir o telefone tocar, queria ouvir baterem à porta, mais uma vez, só mais uma vez, ela abriria sua casa para quem quisesse desafiar sua solidão.
Sua mente a protegia, se nada mais existia, nada poderia machucá-la. Entretanto, era uma guerra entre sua mente e coração, e seu coração não se contentava com a chacina que seus olhos viam.
Ela queria ouvir o mundo, ela queria ouvir o telefone tocar, queria ouvir baterem à porta, mais uma vez, só mais uma vez, ela abriria sua casa para quem quisesse desafiar sua solidão.
