BRASIL: LABirintos Compartilhados | 2015

O projeto Brasil: Labirintos Compartilhados foi criado, produzido e realizado pelo Laboratório Transdisciplinar de Cenografia (LTC) da Universidade de Brasília, coordenado pela curadora professora Sonia Paiva, para a Mostra dos Estudantes Brasileiros do Desenho da Cena na Quadrienal de Praga: Espaço e Design da Performance 2015 (PQ15). 
Membros: Sonia Paiva (coordenadora do LTC e curadora da mostra dos estudantes brasileiros de cenografia na PQ15), Patrícia Meschick (design gráfico), Eric Costa (arquitetura e artes cênicas), Guto Viscartti (artes cênicas), Raquel Rosildete (arquitetura e iluminação), Helano Stuckert (comunicação e fotografia), Ana Carolina Conceição (artes cênicas), Lucas Freitas (artes visuais), Caio Sato (artes visuais), Matheus MacGinity (design gráfico), Rafael Botelho (design gráfico), Caco (iluminação em Praga), Marcela Siqueira (artes cênicas) e Luênia Guedes (artes cênicas).



Em 2015, o Brasil levou para a Quadrienal de Praga: Espaço e Design da Performance – PQ15 (evento internacional de maior importância nos campos da cenografia, figurino, sonoplastia, iluminação e arquitetura teatral) a exposição BRASIL: LABirintos Compartilhados, onde foram reunidos 33 trabalhos selecionados de estudantes brasileiros de design da performance de 15 núcleos de ensino das regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nordeste.

A proposta do projeto era dar voz aos núcleos de produção, ensino e pesquisa dessa área no Brasil, construindo um campo aberto para que cada um se manifestasse em sua diversidade. Os projetos foram grafados em forma de cadernos (álbuns cartográficos) nos quais se inseriu o trabalho cenográfico das diferentes escolas, priorizando-se o registro dos processos e dos percursos das ações criadoras. 

A programação visual do projeto BRASIL: LABirintos Compartilhados teve papel fundamental na aproximação, na comunicação e no mapeamento dos núcleos de ensino participantes. Construída por meio de um jogo digital que serviu de base modular para a criação de uma identidade visual coletiva, desenvolveu-se uma unidade nacional a partir da relação de símbolos distintos criados por cada escola participante.

Este projeto apresenta o design como uma importante ferramenta de ação política e social, responsável por unir e inter-relacionar a diversidade regional na busca de uma representação nacional, permitindo que cada parte se reconheça dentro de um processo, sendo peça fundamental de um resultado coletivo e único.


Prêmios
- Finalista do 29º Prêmio Design do Museu da Casa Brasileira, categoria trabalhos escritos para o catálogo bilíngue do projeto. A publicação integra o Acervo do MCB | São Paulo-SP, 2015.
- Identidade visual de BRASIL: LABirintos Compar-tilhados selecionada para a 12ª Bienal Brasileira de Design Gráfico, categoria sistema de identidade visual de eventos | Brasília-DF, 2017


A programação visual do projeto BRASIL: LABirintos Compartilhados foi construída por meio de um jogo digital disponível na plataforma virtual, com o objetivo de criar uma base modular para a construção de uma identidade coletiva, representando uma unidade nacional a partir da relação de símbolos distintos. O símbolo criado para o projeto ilustra a ideia de um campo aberto, um palco vazio, um espaço latente que espera o movimento espontâneo e criativo. Cada ponto representa um indivíduo do grupo e/ou uma linguagem distinta. Os núcleos de ensino participantes foram convidados a elaborar um símbolo para representar sua escola, pela composição de 3 retas unindo pontos do grid demarcado por 16 pontos (símbolo do projeto).​​​​​​​
Paleta Cromática: os tons terrosos nos levam a antever o horizonte do deserto, da caatinga ou do cerrado: territórios amplos, propensos à ocupação imaginativa. 
Tais símbolos, criados por cada escola participante, a princípio foram utilizados para identificar cada instituição e seus projetos, durante a Mostra Seletiva em fevereiro de 2015, em Brasília-DF. 
Todavia, na exposição dos projetos em Praga, na República Tcheca, e na construção das demais peças gráficas, os símbolos passaram a fazer parte de um todo e a compor uma grande malha uniforme que preenchia e coloria o espaço expositivo – uma barraca, um espaço volante, onde se apresentaram os álbuns cartográficos dos estudantes, expostos de forma a instigar o observador à leitura. 

Os visitantes eram convidados a experienciar, à altura dos olhos, um tranquilo e complexo labirinto: o horizonte do planalto central. Fotografias panorâmicas de um mesmo ponto em Brasília foram tiradas em horários distintos e depois embaralhadas na montagem expográfica. A impressão momentânea era de se estar em um lugar qualquer, num estado mutável que convidava a vivenciar o espaço e levava a sonhar com outros territórios de forma atenta e participativa.
BRASIL: LABirintos Compartilhados | 2015
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