O projeto tem como objetivo incentivar a escrita de cartas à mão. Propõe uma reflexão sobre as relações interpessoais no mundo contemporâneo e investiga os sentimentos que uma carta por proporcionar. O projeto acontece através de de intervenções urbanas e ocupações do espaço público, usando a escrita de cartas anônimas e a arte postal como mote para o redescobrimento da cidade e para a experiência de novas formas de sociabilidade. O desafio neste projeto era traduzir nas peças gráficas a sensorialidade da escrita, comunicando as ações de uma maneira versátil e econômica.
A primeira etapa do projeto Chá com Cartas foi o desenvolvimento da identidade visual. A marca e a paleta de cores foram criadas a partir das inspirações do universo de correios. A forma simplificada de um selo permitiu uma gama diversa de aplicações nas outras etapas do projeto.
A série de pôsteres foi criada em três etapas inspiradas nas camadas de informações gráficas que uma correspondência recebe antes de ser enviada por correio. Em primeiro plano, a impressão diretamente no suporte. Em seguida, a colagem de etiquetas adesivas e selos. Por fim, a aplicação de carimbos diversos criando um emaranhado de texturas e composições singulares. Todo o processo de personalização envolveu o proponente do projeto e resultou em uma tiragem de pôsteres exclusivos.
A série de postais do projeto Chá com Cartas tinha o objetivo de divulgar o projeto e suas ações pela cidade de Belo Horizonte. Foi desenvolvida uma arte para impressão em serigrafia em quatro camadas de cores. Em sequência, essa arte foi fatiada em 8 pedaços criando uma série de postais.
A papelaria é também um desdobramento do conceito de camadas gráficas de uma correspondência. Para os cartões de visitas e papel timbrado, foi utilizada a marca como selo adesivo, que permitiu uma infinidade de variações a partir do uso de papéis variados e da aplicação livre de carimbos.
Além da personalização das redes sociais, foi desenvolvido um lambe-lambe também personalizável no intuito de interferir no espaço público e demarcar o território por onde o projeto passou.