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O Encontro dos Imaginários Seres

Com um ruído na mata que entrava pela sua janela, acorda assustado com seu aquário iluminado pela luminária de vaga-lume.
Desperta com medo, mas com curiosidade o menino corajoso sai, de roupão, pantufa e lanterna. Mas não sai sem sua melhor amiga, Cléo, o peixinho brilhante do aquário.
Os dois então saem despercebidos pela família que dormia, naquela madrugada.
O menino estava aterrorizado com as imagens que via no escuro, com apenas a luz suave da lua e de sua lanterninha. Acreditava que essas imagens amedrontadoras vinham de sua mente e criatividade para assusta-lo.
Caminhando quase no molhado com sua pantufa, passando por entre galhos quebrados encontrou em um caminho que parecia uma trilha recém feita por alguém grande, talvez até um gigante.
Escorregando por uma pequena ladeira foi direto com sua pantufa limpinha na grande poça que havia ali. Afundou desenterrar o pesinho acabou perdendo a pantufa no enlameado, que ficou enterrado no fundo entre o lodo. Triste pois tinha ganhado aquela pantufa de coelhinho de sua avó que fora morar longe. Afastou-se da grande poça, mas parecia uma pegada, uma pegada monstruosa de um ser que tinha um pé gigantesco.
Com medo de ficar ali continuou a caminhar prestando mais atenção onde pisava, e quem também havia/tinha passado por ali. Achou mais pegadas, tufos de pelos coloridos, gosmas espalhadas, achou coisas que nuca tinha imaginado em ver.
Com dificuldade de caminhar pela mata passando sobre troncos e entre galhos quase deixou a Cléo cair, assim já cansado de andar com um pé de pantufa e o outro de meia molhada tropeçando em pelos e escorregando em melecas esquisitas acabou sentando no meio de uma clareira. Pôs sua amiga apoiada numa pedra e se sentou no chão pois já estava todo sujo e não ligava mais
De repente começou a ouvir barulhos que vinham em sua direção, quando esses seres barulhentos chegaram na clareira e a luz bateu sobre eles, o menino assustado tentou se esconder, mas não tinha para onde ir, ele e a Cléo estavam cercados por monstros peludos, gosmentos e gigantes.
Os monstros todos encantados com esse novo ser pequeno e sem pelos. Convidaram eles para ficar, para o encontro anual de brincadeiras dos monstros solitários (BMS).
Aos poucos o menino e a Cléo começaram a perder o medo deles e começaram a brincar até a noite começar a desescurecer, acenderam uma fogueira e comeram vários marshmellows quentinhos. O menino cansado deitou no colo de um monstro peludo e grande e acabou adormecendo. Antes de amanhecer de fato todos os monstros começaram a ir embora. O menino e a Cléo foram levados até sua casa pelo amigo peludo.
Depois de descansarem um pouco o menino levantou gritando para a mãe falando que ele havia tido o sonho mais real, magico e misterioso de todo o MUNDO. 
O Encontro dos Imaginários Seres
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O Encontro dos Imaginários Seres

produzido em 2018 com canetas mistas, cada pagina tem 14 x 19 cm

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